- Economia
- 04.02.2023
- Redação
Lira diz que será feita a ‘reforma tributária possível’, em jantar promovido pela Esfera
Em encontro promovido pela Esfera Brasil nesta sexta-feira, 3, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que há diferentes propostas para a reforma tributária em discussão, mas tranquilizou os empresários presentes. “A gente vai ter que ter muita paciência, porque todo mundo tem uma reforma tributária própria”, diz. “Vamos quebrar alguns ovos e fazer a possível primeiro”, acrescenta.
A fala aconteceu em Brasília, durante jantar realizado na casa do CEO da União Química, Fernando Marques, para homenagear Lira por sua reeleição histórica com 464 votos.
Também esteve presente o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Alinhado ao que propôs Lira, Alckmin garantiu que a reforma tributária é prioridade: “Ela traz eficiência econômica. Não é para aumentar imposto, é para simplificar”.
O jantar ainda reuniu outros empresários e autoridades, entre os quais Celina Leão, governadora em exercício do Distrito Federal, Carlos Horbach, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gabriel Galípolo, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Juscelino Filho, ministro das Comunicações, Alexandre Baldy, ex-ministro das Cidades, e Octavio de Lazari, CEO do Bradesco.
Em discurso, a CEO da Esfera Brasil, Camila Camargo, pediu a Lira que o Congresso dê atenção às pautas de interesse nacional, como a reforma tributária, o novo arcabouço fiscal e o fim do voto de qualidade no Carf, que dá ao Fisco o poder de desempate em processos administrativos.
“O Brasil não vai mais atrair capital estrangeiro para os negócios enquanto os investidores não sentirem que há segurança política e jurídica. É urgente a redução e a simplificação da carga tributária no País, que penaliza o bom pagador e, muitas vezes, isenta o sonegador”, destaca Camila.
União e equilíbrio
Aos empresários, o presidente da Câmara prometeu seguir com as reformas e a aprovação de leis que auxiliam o crescimento econômico. “A facilitação da vida dos negócios no Brasil tem que estar em primeiro lugar, porque é o setor que gera renda, empregos e sustenta a máquina”, afirma.
Lira também garantiu que vai discutir a âncora fiscal dentro do prazo da PEC da Transição e destacou que vai revisitar os temas com apoio da Câmara, de senadores e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, porque “todas as opiniões são importantes”.
Arthur Lira ainda lembrou a polarização no Brasil, que culminou nos ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes. “Nossa luta vai ser encontrar esse ponto de equilíbrio, uma base que favoreça as votações, uma condução deste País com os limites que todas as regiões impõem, e o Congresso vai ter sabedoria para fazer, em harmonia, o caminho político de parceria ombro a ombro, sem invadir o território de ninguém.”